Fonte: UN News |

Organização das Nações Unidas (ONU) quer que Mali investigue assassinato de três boinas-azuis

O apelo às autoridades malianas é que se esforcem em identificar os autores para que sejam levados à justiça

Guterres relembrou que ataques que têm como alvo as forças de paz das Nações Unidas podem ser considerados crimes de guerra

NEW YORK, Estados Unidos da América, 22 de fevereiro 2023/APO Group/ --

Ataque com explosivo improvisado feriu outros cinco integrantes da Missão das Nações Unidas no país, Minusma; nos últimos 10 anos, 168 capacetes azuis foram mortos no Mali; Conselho de segurança pediram punição dos autores.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu às autoridades no Mali que investiguem um ataque que matou três boinas azuis e deixou outros cinco gravemente feridos, no norte do país africano.

Os integrantes da Missão de Paz das Nações Unidas no Mali, Minusma, tiveram seu carro alvejado por um dispositivo explosivo improvisado.

Condolências ao governo do Senegal

As Nações Unidas informaram que o incidente ocorreu perto da aldeia de Songobia, situada a 29 km da cidade de Bandiagara. Os boinas-azuis do Senegal estavam transportando suprimentos para uma base na área de Sévaré.

Em nota, o secretário-geral condenou vigorosamente o ataque e expressou solidariedade às famílias das vítimas, ao governo, ao povo do Senegal. Ele desejou ainda uma pronta recuperação aos feridos.

Guterres relembrou que ataques que têm como alvo as forças de paz das Nações Unidas podem ser considerados crimes de guerra.

O apelo às  autoridades malianas é que se esforcem em identificar os autores para que sejam levados à justiça.

O Conselho de Segurança também pediu prestação de conta. O órgão expressou preocupação com a situação de segurança no Mali e a dimensão transnacional da ameaça terrorista na região do Sahel.

Sacrifícios feitos pela comunidade internacional

Os 15 Estados-membros sublinharam que a paz na região não será alcançada sem a combinação de esforços políticos, de segurança, de consolidação da paz e de desenvolvimento beneficiando todas as regiões do Mali, bem como a implementação do acordo de paz de 2015.

Horas após o incidente, o chefe da Minusma, El-Ghassim Wane, disse que o ato era mais um exemplo trágico da complexidade do ambiente operacional e dos sacrifícios feitos pela comunidade internacional pela paz no Mali.

A Minusma é considerada uma das missões mais perigosas para as forças de manutenção da paz. Desde a sua criação, em 2013, 168 boinas azuis perderam a vida em atos violentos.

Distribuído pelo Grupo APO para UN News.