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Novo enviado para África Ocidental acredita em reposição de paz e estabilidade

Moçambicano Leonardo Simão segue esta quinta-feira para o início de mandato na região; metas incluem incentivar contactos com lideranças e organizações da sociedade civil operando na área afetada pelo terrorismo

O alastramento de grupos terroristas preocupa as Nações Unidas por “combatentes, fundos e armas que fluem cada vez mais entre as regiões e por todo o continente

NEW YORK, Estados Unidos da América, 1 de junho 2023/APO Group/ --

Estimular esforços nacionais e regionais em favor da estabilização é o que motiva o novo enviado do secretário-geral da ONU para a África Ocidental e Sahel a visitar a área a partir desta quinta-feira.

Leonardo Simão disse à ONU News, em Nova Iorque, que atuará no terreno de forma mais próxima das organizações existentes da realidade marcada pelo terrorismo.

Atores regionais e sociedade civil  

 “Faço isso porque acredito que é possível conseguir. Já no passado, a África Ocidental foi zona de paz e estabilidade. Agora está a atravessar um período de turbulência. Eu penso que com um pouco de apoio externo essa situação anterior pode ser reposta.” 

O diplomata moçambicano disse contar com atores regionais e sociedade civil nos esforços conjuntos envolvendo todo o continente africano, incluindo países de língua portuguesa. 

“Angola não faz parte da sub-região, mas acaba por ser afetada, porque faz parte da Associação para o Golfo da Guiné. E é nesse aspeto. Guiné-Bissau e Cabo Verde fazem parte da região. Como eu disse, eu não vou lá com soluções mágicas. Há muito trabalho que está a ser feito pela União Africana, pela Cedeao e outras organizações sub-regionais para encontrar-se a paz de estabilidade. O meu trabalho principal é promover um maior diálogo entre as partes envolvidas para que concordem num caminho a seguir caso por caso.” 

As Nações Unidas têm dado atenção particular à região ocidental africana devido às crises interconectadas em níveis “sem precedentes”. Entre elas estão conflitos, fome, desnutrição, doenças, deslocamentos em massa e economias em colapso agravadas pelas alterações climáticas. 

Fluxo de combatentes, fundos e armas  

Além de representante especial para a África Ocidental e o Sahel, Leonardo Simão deve liderar o Escritório das Nações Unidas e a Comissão Mista Camarões-Nigéria. Sua nomeação foi em maio. 

O alastramento de grupos terroristas preocupa as Nações Unidas por “combatentes, fundos e armas que fluem cada vez mais entre as regiões e por todo o continente”. Novas alianças são forjadas entre esses grupos, o crime organizado e envolvidos na pirataria, segundo um recente informe do secretário-geral. 

A ONU participa nos esforços de estabilização no Sahel e na bacia do Lago Chade, fornecendo assistência técnica aos países afetados, inclusive nas áreas de prevenção, apoio jurídico, investigações, processos, reintegração, reabilitação e proteção dos direitos humanos.  

Uma oportunidade de reforço das parcerias atuais acontece na organização da Cúpula Africana de Contraterrorismo, agendada para outubro, na Nigéria.  

Distribuído pelo Grupo APO para UN News.