Fonte: UN News |

Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que fundos de operação tem déficit histórico

Escritório para Assistência Humanitária, Ocha, precisa de mais de US$ 34 bilhões para continuar com auxílio; mundo tem recorde de 303 milhões de pessoas em áreas de crise; neste 19 de agosto, ONU marca Dia Mundial Humanitário

A agência diz que é o maior buraco de financiamento de sua história, num momento em que 303 milhões de pessoas estão vivendo em áreas de crise em todo o globo

NEW YORK, Estados Unidos da América, 15 de agosto 2022/APO Group/ --

As Nações Unidas anunciaram que o custo de projetos de assistência este ano devem chegar a US$ 50 bilhões. E apesar de promessas de financiamento, apenas US$ 15 bilhões foram entregues até agora pelos países.

O alerta foi feito pelo Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, na sexta-feira.

Demandas altas x financiamento lento

A agência diz que é o maior buraco de financiamento de sua história, num momento em que 303 milhões de pessoas estão vivendo em áreas de crise em todo o globo.

O apelo da ONU quer alcançar 204 milhões dentre os mais vulneráveis. O porta-voz do Ocha, Jens Laerke diz que o problema agora são as demandas no mundo subindo mais rapidamente que o financiamento obtido.

E os humanitários estão sendo solicitados a fazer mais e mais em ambientes perigosos.

Sudão do Sul, Afeganistão e Síria são os mais violentos

No ano passado, mais de 140 trabalhadores humanitários foram mortos em serviço. O número mais alto desde 2013.

Ainda em 2021, 203 humanitários ficaram feridos e 117 foram sequestrados enquanto trabalhavam.

Segundo Jens Laerke, Sudão do Sul, Afeganistão e Síria continuam sendo os países mais violentos. Somente neste ano, 168 trabalhadores humanitários foram atacados e 44 morreram.

Neste 19 de agosto, Dia Mundial Humanitário, o Ocha lança uma campanha chamada “É preciso uma aldeia”, na tradução do inglês.

A iniciativa mostra como os trabalhadores humanitários se unem para aliviar necessidades extremas.

Brasileiro Sergio Vieira de Mello morreu em Bagdá

Assim como o ditado: “É preciso uma aldeia para criar uma criança”, é preciso uma aldeia de humanitários trabalhando com comunidades atingidas para levar ajuda e esperança a pessoas afetadas por crises.

O chefe do Ocha, Martin Griffiths, disse que este ano, o público está convidado a participar na rede social do Dia Humanitário.

A data foi criada pela Assembleia Geral em 2008 para marcar o aniversário do atentado terrorista à sede da ONU em Bagdá, no Iraque.

O prédio da Missão das Nações Unidas no país foi alvo de um caminhão-bomba em 19 de agosto de 2003.

No ataque, morreram 22 funcionários da organização incluindo o chefe da Missão da ONU no país, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.

Distribuído pelo Grupo APO para UN News.