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Presidente da República defende resolução de problemas africanos pelos africanos

Filipe Nyusi fala esta quarta-feira, em Nova Iorque, ou no primeiro dia do debate da septuagésima oitava sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

No domínio das mudanças climáticas, Nyusi criticou, os mecanismos de apoio financeiro, para a resposta aos efeitos provocados pelos fenómenos naturais

MAPUTO, Moçambique, 20 de setembro 2023/APO Group/ --

O Presidente da República defende a estratégia de combate ao terrorismo em Cabo Delgado, como exemplo de sucesso na resolução de problemas em África pelos próprios Africanos.

Filipe Nyusi recordou que os apoios do Ruanda e da SAMIM no contexto de Cabo Delgado, tem permitido alcançar sucessos no combate ao extremismo violento naquela região do País, prevalecendo, neste momento, o desafio da reconstrução da provincial e coesão social.

Filipe Nyusi fala esta quarta-feira, em Nova Iorque, ou no primeiro dia do debate da septuagésima oitava sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

O estadista moçambicano, apresentou uma preocupação em relação a sustentabilidade destes intervenientes.

Segundo Nyusi, esta é a experiência pioneira de combinação de intervenção bilateral e multilateral. Contudo, a questão que se coloca é a necessidade de apoio substancial a esses países que, de forma directa e interventiva, combatem connosco o terrorismo em Moçambique, de modo a tornar sustentáveis as operações ainda em curso.

O discurso de Filipe Nyusi, lido no congresso mundial das nações, contemplava temas como mudanças climáticas, objectivos de desenvolvimento sustentável, transição energética, economia azul e preservação ambiental.

No domínio das mudanças climáticas, Nyusi criticou, os mecanismos de apoio financeiro, para a resposta aos efeitos provocados pelos fenómenos naturais.

“Os apoios dos parceiros têm sido muito abaixo das promessas e das necessidades. Em muitos casos, quando esses apoios surgem, os parceiros preferem gerir os fundos fora dos mecanismos acordados com o governo, ocasionando a sobreposição em zonas ou em programas de pouco impacto para as comunidades”- disse o presidente Nyusi.

Segundo o Chefe do Estado moçambicano, como consequência, parte dos fundos é gasta em capacitações e/ou conferencias, questões burocráticas, do que propriamente no apoio directo às populações afectadas, o que mais uma vez denota a falta de confiança e solidariedade.

O Presidente da República disse que Moçambique é um país com uma legislação ambiental robusta, que incorpora as principais convenções internacionais, incluindo o acordo de Paris, a Convenção sobre a Protecção de Espécies em risco de extinção, entre outras.

À margem da Septuagésima oitava sessão da Assembleia Geral da ONU, o presidente da República participou num fórum de negócios, que contou com a participação do Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, e do primeiro-ministro do Lesoto, Sam Matekane. 

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