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Moçambique Registou Cerca de 98.000 Novas Infeções do HIV em 2020

Segundo Tiago, no mesmo periodo foram registadas, igualmente, 38.000 mortes e 94.000 mulheres grávidas testaram positivo para o HIV

Para já, a "boa nova" é que não obstante a pandemia da COVID-19, o HIV e SIDA não foi relegado para um plano secundário

MAPUTO, Moçambique, 12 de agosto 2021/APO Group/ --

Os números foram tornados públicos esta Quarta-feira (11 de Agosto), em Maputo, pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago.

Segundo Tiago, no mesmo periodo foram registadas, igualmente, 38.000 mortes e 94.000 mulheres grávidas testaram positivo para o HIV. "A taxa de transmissão vertical do HIV da mãe para o seu filho foi de 13%. Ainda segundo as estimativas, cerca de 2.1 milhões da população moçambicana vive actualmente com o HIV".

O risco de infecção pelo HIV, alertou o Ministro da Saúde, "é alto entre as populações chave, mulheres e raparigas adolescentes e mulheres jovens, sendo que em 2020 os adolescentes e jovens foram responsáveis por 40% das novas infeções por HIV".

Aliás, em 2019, a região da África Subsaariana, com apenas 12% da população mundial, concentrava cerca de 68% das pessoas de todas as idades vivendo com o HIV no mundo, e Moçambique, pelas estatísticas, o segundo país na região que mais contribui em novas infecções por HIV.

E é com o objectivo de alterar este quadro, que arrancou esta Quarta-feira, na capital moçambicana, a VIII Reunião Nacional do Programa Nacional de Controlo às ITS HIV/SIDA, cuja abertura foi presidida pelo Ministro da Saúde.

Durante três dias, os participantes do encontro que decorre no formato virtual e presencial, vão avaliar o grau de implementação das actividades preconizadas para o controlo da epidemia do HIV/SIDA no país.

Para já, a "boa nova" é que não obstante a pandemia da COVID-19, o HIV e SIDA não foi relegado para um plano secundário. "A resposta enérgica ao HIV e SIDA continua a ser uma emergência nacional e um desafio importante de saúde, desenvolvimento, direitos humanos, segurança e social", assegurou Armindo Tiago, realçando ainda que a implementação das intervenções pelas diferentes áreas multidisciplinares e multissectoriais continua a ser prioridade do Governo de Moçambique e as mesmas não devem ser desaceleradas, sendo que sua monitoria e avaliação são um imperativo.

Inserido na região Austral de África, a mais fortemente afectada pela epidemia do HIV, Moçambique continua a ser desafiado no controlo do HIV.

O quadro epidemiológico nacional de acordo com o Ministro da Saúde, "não nos deve desencorajar. Pelo contrário, deve continuar a inspirar-nos na identificação contínua de prioridades e na testagem de intervenções que se revelem capazes de acelerar a redução de novas infecções, a redução da mortalidade, a redução da taxa de transmissão do HIV da mãe para o filho e o alcance de zero descriminação".

Actualmente, 74% das Pessoas Vivendo com HIV em Moçambique estão a receber gratuitamente o Tratamento Antirretroviral (TARV) e 94% da rede sanitária pública oferece Serviços TARV, sendo que nos últimos anos, o país tem observado uma tendência de redução de novas infecções e de mortalidade por HIV.

Em Moçambique, as prioridades para o controlo do HIV, passam pela prevenção, o aconselhamento e testagem, a ligação dos elegíveis aos Serviços TARV, a retenção e adesão ao tratamento e o apoio psicossocial.

VIII Reunião Nacional do Programa Nacional de Controlo das ITS, HIV e SIDA, que decorre sob o lema: “ Juntos Rumo ao Controlo do HIV em Tempo de Emergência”, junta quadros do MISAU a diversos niveis, parceiros de cooperação e doadores do sector.

Distribuído pelo Grupo APO para Ministério da Saúde (MISAU), Moçambique.