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Fonte: EY |

Crescimento africano: derrocada ou abrandamento?

Medição do potencial e progresso: o Índice de Atractividade Africana

JOHANNESBURG, África do Sul, 11 de may 2016/APO (African Press Organization)/ --

É provável que o crescimento económico na região permaneça mais lento nos próximos anos, em comparação com os últimos 10 a 15 anos. A projecção de referência do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2016 foi revista em baixa para 3%, face a uma previsão anterior de 6,1% em Abril de 2015(1).

Os principais motivos para um abrandamento relativo não são exclusivos de África e são os mesmos que afectam a economia global: um abrandamento geral em economias de mercados emergentes e, em particular, o reequilíbrio da economia chinesa; a estagnação contínua na maioria das economias desenvolvidas; a descida dos preços das matérias-primas; e o aumento dos custos de financiamento.

No entanto, embora o crescimento na região tenha registado um abrandamento relativo, dois terços das economias africanas subsaarianas continuam a crescer acima da média global. Além disso, no futuro próximo, a região continuará a ser a segunda região de crescimento mais rápido no mundo logo atrás da Ásia Emergente. Tal é ainda apoiado pelo aumento anual dos números de projectos de IDE em África em 2015, que ocorreu num contexto em que o número total de projectos de IDE desceu 5% a nível mundial. De facto, África foi uma de apenas duas regiões do mundo com aumento dos números de projectos de IDE no último ano.

Sugan Palanee, Responsável pelos Mercados Africanos da EY (http://www.EY.com) afirmou: "De uma perspectiva de investimento, os próximos anos podem representar um desafio, não porque as oportunidades deixem de existir, mas porque é provável que estas oportunidades sejam mais irregulares do que têm sido. Agora, é mais importante do que nunca que as organizações e investidores, que por vezes dão grande importância às tendências de crescimento económico a curto prazo, adoptem uma abordagem granular e baseada em factos, com vista a avaliarem as oportunidades de investimento e de negócios a longo prazo".

Medição do potencial e progresso: o Índice de Atractividade Africana

Para apoiar os investidores na adaptação a um ambiente mais incerto e para avaliar os riscos e oportunidades variáveis em todo o continente, a ferramenta Índice de Atractividade Africana (AAI, Africa Attractiveness Index) oferece um conjunto equilibrado de indicadores centrados a curto e a longo prazo. Este índice ajuda a medir a resiliência provável face às pressões macroeconómicas actuais, assim como o progresso realizado em áreas críticas de desenvolvimento a longo prazo, nomeadamente governação, diversificação, infra-estruturas, capacitação empresarial e desenvolvimento humano.

Michael Lalor, Parceiro Principal do Centro de Negócios de África da EY, afirma: "É importante reconhecer que este tipo de classificação indexada não constitui uma avaliação definitiva de qualquer um destes mercados; é óbvio que não existem respostas absolutas quando se avalia o potencial de mercado. No entanto, o Índice de Atractividade Africana constitui um ponto de partida útil para análise promove um diálogo estratégico sobre prioridades de crescimento, apetência pelo risco e critérios de investimento".

Os principais 20 países avaliados no Índice de Atractividade Africana são: http://www.apo.af/Jfz3mZ

O índice ilustra que:

  • Apesar dos desafios macroeconómicos (e de um ambiente de baixo crescimento), o desempenho da África do Sul continua a ser superior ao das restantes economias africanas, devido às pontuações relativamente elevadas na maioria das dimensões (em parte, reflexo do facto de a economia sul-africana ser mais desenvolvida do que as restantes economias africanas).
  • O Quénia e a Costa do Marfim beneficiam de um forte crescimento económico e das previsões que apontam para que este se mantenha, com um desempenho moderadamente bom em termos de infra-estruturas e capacitação empresarial.
  • O Botswana, Maurícias e Ruanda, embora sejam mercados pequenos, possuem um bom historial nas áreas da capacitação empresarial, desenvolvimento social e gestão económica, apresentando assim um desempenho relativamente bom.
     
  • Os países norte-africanos do Egipto, Marrocos e Tunísia, assim como o Gana, na África Ocidental, permanecem sob alguma pressão económica, mas têm a vantagem de possuir um ambiente relativamente propício aos negócios, boas infra-estruturas e, no caso do Gana, um bom historial de governação.
     
  • O "desempenho relativamente fraco" da Nigéria no AAI (ocupa a 15.ª posição global) é, possivelmente, uma surpresa; embora a economia nigeriana seja considerada uma das mais resilientes de África, as pontuações inferiores nos pilares de capacitação empresarial, governação e desenvolvimento humano afectam a classificação global.

  • Da mesma forma, outras economias de alto crescimento, como a Tanzânia, Uganda e Etiópia, estão classificadas nos 10 primeiros lugares em termos de resiliência macroeconómica (Etiópia ocupa o primeiro lugar), mas apresentam também um desempenho inferior em outras dimensões a longo prazo.

O índice indica claramente que haverá diferentes respostas para diferentes organizações e investidores com diferentes prioridades, sendo que as respostas também irão variar consoante a mudança das prioridades ao longo do tempo.

Lalor conclui: "Dada a escala, complexidade e natureza fragmentada do continente africano, a tomada de decisões informadas sobre os mercados em que entrar e o modo de entrada será mais crítica do que nunca. A resiliência macroeconómica de um país é também apenas um de vários factores que os investidores e organizações têm de considerar ao realizarem este tipo de análise. Encontramo-nos num ponto de inflexão em termos da evolução estrutural da maioria das economias africanas; as decisões e as medidas tomadas agora irão determinar quais as economias que irão consolidar os ganhos obtidos na última década como uma plataforma para um crescimento sustentável nas próximas décadas, e quais as economias que irão regredir".

(1) Consulte Regional Economic Outlook Sub-Saharan Africa: Navigating Headwinds, Abril de 2015, do FMI.

Distribuído pelo Grupo APO para EY.

Fathima Naidoo
Relações Públicas de África da EY
+27 71 609 8273
fathima.naidoo@za.ey.com

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