O Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA) acolheu satisfatoriamente uma contribuição de €9.8 milhões (US $ 10,8 milhões) da União Europeia para apoiar suas operações humanitárias em Moçambique.

A contribuição chega numa altura em que o país enfrenta o seu pior período de seca em décadas, agravado pelo recente evento climático El Niño. Os fundos permitem ao PMA assistir mais de 270.000 pequenos agricultores cujas culturas foram devastadas pelas altas temperaturas e pela falta de chuvas durante a época agrícola de 2015/2016.

Cerca de 1,4 milhão de pessoas enfrentam ainda a insegurança alimentar e necessitam de assistência para sua subsistência durante o auge da temporada magra, de Janeiro-Março. Este número poderá aumentar para 2,3 milhões nos próximos meses, segundo as últimas avaliações do Comité de Avaliação de Vulnerabilidade de Moçambique, liderado pelo governo.

"Expressamos nossa gratidão pelo apoio recebido da União Europeia", disse a Directora Nacional e Representante do PMA no País, Karin Manente. "Este apoio contribuirá bastante para que o PMA possa responder às crescentes necessidades dos mais vulneráveis ​​e ajudá-los a tornarem-se mais produtivos".

Através dos seus programas humanitários combinados, o PMA assistiu até Dezembro de 2016 mais de seiscentas mil (600 000) pessoas em zonas atingidas pela seca em Moçambique. O PMA e os seus parceiros estão agora a expandir-se para atingir um número ainda maior de pessoas através de uma série de actividades destinadas a responder às necessidades imediatas das comunidades, bem como envolvê-las em projectos como a construção ou reparação de sistemas de irrigação para que estejam melhor equipados para suportar choques climáticos extremos.

No início de cada ano, Moçambique é frequentemente atingido por inundações e ciclones que destroem infraestruturas e os meios de subsistência das pessoas. Entretanto, em outras épocas do ano, o país é propenso à seca, o que pode causar perda generalizada de culturas e animais, levando à fome entre as comunidades mais vulneráveis.

Em 2016, a União Europeia foi um dos principais doadores do PMA a nível mundial e contribuiu com mais de 32 milhões de euros (35 milhões de dólares) para as operações do PMA na África Austral.