O Ministério da Saúde (MISAU), Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM), Ordem dos Enfermeiros de Moçambique, Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique, Associação Médica de Moçambique (AMM), e a Associação Moçambicana dos Técnicos de Laboratórios de Análises Clínicas, estiveram reunidos na manhã desta Segunda-feira, 25 de Janeiro, em Maputo, com o objectivo de analisar o agravamento da situação epidemiológica da COVID-19, que se traduz no aumento do número de casos, internamentos e óbitos no país, com destaque para a Área Metropolitana do Grande Maputo, com ênfase nos Profissionais de Saúde.

O comunicado assinado pelos responsáveis das seis instituições e partilhado no final da reunião, refere que as partes concordaram em intensificar a comunicação, realizando encontros semanais.

O MISAU reiterou o compromisso de proteger e dar assistência aos profissionais de saúde, disponibilizando equipamentos de protecção individual (EPI).

A instituição de tutela do sector de saúde confirmou a disponibilidade de EPI para cobrir as necessidades do país e comprometeu-se em aprimorar a distribuição destes para as unidades sanitárias, sendo que o EPI que se aplica nos centros de isolamento de COVID-19 (CICOV) será também distribuído para enfermarias onde estejam internados doentes com COVID-19. 

Segundo o comunicado, ficou acordado ainda que, as partes envolvidas vão monitorar a disponibilidade de EPI nas US’s, sendo que, a execução deste processo será conjuntamente acompanhada nos encontros semanais.

Moçambique já concluiu o processo de candidatura para a recepeção da vacina da COVID-19, a respeito da qual o MISAU confirmou a prioridade absoluta em iniciar a vacinação nos profissionais de saúde, assim que a vacina estiver disponível em Moçambique, em princípio no mês de Fevereiro, tendo feito saber que para além do mecanismo COVAX, o Governo está a explorar outras alternativas para a aquisição de vacinas.

A contratação de Recursos Humanos adicionais é outra componente abordada na reunião.

As partes reconheceram a necessidade de reforçar o efectivo para melhorar a eficiência dos CICOVs.

De acordo com o comunicado, o MISAU informou que para o efeito estão sendo feitos os cálculos e accionados mecanismos para a contratação de profissionais de saúde nacionais e estrangeiros, e que para além da contratação de mais profissionais de saúde, o sector irá realocar os Recursos Humanos existentes de modo a garantir a continuidade dos serviços essenciais nas Unidades Sanitárias.

Ficou, também, acordado que, onde for aplicável, será realizado o teletrabalho, por forma a se evitar aglomerações.

Os intervenientes, tal como faz menção o comunicado, reconheceram a dedicação e abnegação demonstrados pelos Profissionais de Saúde, não só no combate à pandemia como também na prestação de serviços de saúde de qualidade ao povo Moçambicano, tendo encorajado aos Profissionais de Saúde a continuarem a sua dedicação e entrega a esta nobre causa.

O Ministério da Saúde informou igualmente sobre as medidas que visam o reforço da capacidade hospitalar, em particular o aumento do número de camas ao nível da Cidade de Maputo, onde o Hospital Geral de Mavalane está a ser modificado para acomodar 320 camas destinadas a doentes com COVID-19.

O documento foi assinado pelo Prof. Doutor Armindo Daniel Tiago, Ministro da Saúde, Dra. Maria Olga Matavel, Presidente da Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique, Dr. Milton Tatia, Presidente da Associação Médica de Moçambique, Dr. Andarusse Sumail, Presidente da Associação Moçambicana dos Técnicos de Laboratórios de Análises Clínicas, Profª Doutora Maria Acácia Ernesto Lourenço, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique, Dr. Gilberto Manhiça, Bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique.