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Risco do Investidor em Angola análise de 12 páginas – O Fim da Lua de Mel

LONDRES, Reino Unido, 31 de agosto 2018/APO Group/ --

Desde que chegou ao poder há um ano, o presidente angolano, João Lourenço, tem desfrutado dos benefícios de um renovado otimismo no mercado e de um novo interesse dos investidores na importante economia produtora de petróleo africana. Todavia, há indícios crescentes de que o período de "lua de mel" do governo está a chegar ao fim, com os investidores a ficarem preocupados quanto ao enraizamento da corrupção e à persistência da fraqueza da economia.

A EXX Africa (www.EXXAfrica.com) publicou um relatório especial sobre as perspetivas de risco no investimento em Angola.

Baixe o relatório: https://bit.ly/2Ll0j3X

O presidente João Lourenço lançou uma grande operação de combate à corrupção e tentou acabar com os monopólios setoriais. Todavia, até à data, os casos levados a cabo pela sua administração tiveram motivos políticos, permitindo ao novo presidente eliminar críticos e demarcar o seu novo território político.

De facto, a apregoada posição anticorrupção do presidente João Lourenço é mais indicativa de tentativas concertadas para desmantelar as influências do seu antecessor e consolidar o poder total sobre as instituições políticas angolanas do que de quaisquer tentativas de reforma. Isto permanece evidente no setor do petróleo, onde o governo se tem mostrado relutante em pôr em práticas reformas muito necessárias. O clientelismo enraizado e estruturas de obtenção de rendas estão estabelecidos na empresa petrolífera estatal, Sonangol, facilitando o suborno ao mais alto nível da administração.

João Lourenço também nomeou pessoas proeminentes manchadas por alegações de corrupção e de má gestão para importantes cargos governamentais. As acusações contra o antigo vice-presidente, Manuel Vicente, que controla agora o banco central de Angola e a Sonangol, podem ser retomadas assim que um novo governo tomar posse em Portugal ou que o sentimento político nos EUA assuma uma direção diferente.

Por outro lado, é provável que os recentes cancelamentos de contratos para importantes projetos de infraestruturas, oficialmente aclamados como parte de uma via de transparência, sejam motivados por um desejo de procurar novas receitas dos investidores estrangeiros que participam nestes projetos. Projetos de "elefante branco", como o novo aeroporto de Angola, estão a afetar a imagem de João Lourenço como presidente reformista e transparente.

Embora as perspetivas económicas sejam mais luminosas do que há um ano, o novo governo tenta obter milhares de milhões sobretudo em financiamento dos bancos chineses para expandir infraestruturas e manter o desastroso estado das finanças estatais a flutuar. Exatamente quando os receios quanto à sustentabilidade da dívida angolana estavam a acalmar, o governo contraiu mais uma importante dívida com a China. Este é um presságio ameaçador para o pagamento de dívidas aos empreiteiros estrangeiros e até para a capacidade de Angola de pagar as suas mais recentes Eurobonds.

O aumento dos preços da alimentação, greves frequentes e cortes no setor público estão a desencadear protestos e aumentar o risco de motim nas cidades angolanas. Se o governo de Lourenço não se comprometer em breve com uma ampla reforma do setor petrolífero e com uma gestão orçamental prudente, as perspetivas de investimento para Angola deverão deteriorar-se acentuadamente com os investidores a perderem fé na administração económica de João Lourenço.

Para outros comentários ou para um exemplar do relatório completo de 12 páginas, contacte www.EXXAfrica.com

Distribuído pelo Grupo APO para EXX AFRICA.

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