O Egito percebeu uma queda de 2% em seu índice de pirataria de software chegando a 59%, declarou a Business Software Alliance (BSA) com sede nos EUA em seu recente estudo, publicado em junho passado.

O estudo revelou que o Egito administrou a diminuição do valor comercial de software não licenciado, que declinou significativamente de $ 157 milhões em 2015 para $ 64 milhões em 2017.

A pesquisa quantificou o volume e o valor de software não licenciado instalado em PCs em mais de 110 economias nacionais e regionais, além de estudar mais de 22.500 usuários e empregados em 32 países que utilizam PCs em residências ou no trabalho.

Atualmente a nível mundial, o Egito apresenta índices menores de pirataria do que outros concorrentes globais terceirizados, incluindo Marrocos (64%), Filipinas (64%), Vietnã (74%) e Sri Lanka (77%). Este é o segundo ano consecutivo em que os índices de pirataria no Egito caíram.

Em julho passado, o parlamento do Egito, apoiado por dois terços dos 596 membros do parlamento, aprovou a lei de crime cibernético que ajuda a mitigar as ameaças e a definir regras e medidas a serem seguidas pelos provedores locais de serviços de internet.

A lei, que legaliza a evidência digital pela primeira vez na jurisprudência egípcia, visa também eliminar qualquer informação incitando a violência ou o ódio, tratando de vários outros tipos de crimes de informática, incluindo acessos não autorizados a dados, fraudes ou quaisquer ataques a redes e sistemas de informação privados ou públicos.

“Nos últimos anos, o governo tomou medidas duras para reprimir o uso ilegal de software”, disse o Dr. Mohamed Hegazy, Diretor da Agência Egípcia de Direitos de Propriedade Intelectual, ao comentar as descobertas do estudo da BSA.

 “Conseguimos criar um ambiente de negócios produtivo, através da modernização da estrutura legal e do cumprimento da lei, combatendo a pirataria e protegendo os direitos de propriedade intelectual”, acrescentou.

O Ministro de Comunicações e Tecnologia da Informação do Egito anunciou a aprovação do gabinete sobre a proteção de dados e projeto de lei de privacidade que, conforme relatado, adota o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE (GDPR).

“Estamos trabalhando em uma abrangente estratégia para aumentar a atratividade do Egito aos investidores internacionais, aproveitando nosso impulso e o crescimento do setor de TIC, que acreditamos, permanecerá robusto”, disse Maha Rasha, Diretora Executiva Interina da Agência de Desenvolvimento do Setor de TI do Egito.

“O país possui uma combinação correta de capacidades que o qualifica para ser um centro ideal de operações globais e da inovação em negócios e tal inovação está prosperando e crescendo como nunca antes.”

“As novas reformas legais acrescentam uma vantagem à esta combinação e geram uma nova onda de investimentos estrangeiros dentro do setor”, acrescentou.

As recentes reformas irão impulsionar o apelo do Egito às empresas globais e centros de dados internacionais no sentido de ajudar a obter ganhos econômicos e em segurança cibernética.

O Egito demonstrou o aumento de esforços no desenvolvimento de sua infraestrutura de telecomunicações, construindo parques técnicos associados a esquemas e incentivos de investimentos atraentes, nutrindo seu banco de talentos mediante diversas iniciativas de treinamento digital em tecnologias avançadas, como ciência e análise de dados, IoT, IA e segurança cibernética.

Avaliada em cerca de EGP 59 bilhões (USD 3,26 bilhões) em 2017, o setor egípcio de exportação de TI e serviços habilitados por TI (SHTI) é estimulado por expansões e aumento da presença de empresas multinacionais existentes e novos investimentos diretos estrangeiros em TI no país.

O Egito já estabeleceu sua reputação como um local privilegiado para gigantes da tecnologia, que buscam estabelecer sua oferta global de TI/SHTI e centros de serviços compartilhados.

Muitos líderes de tecnologia e uma longa lista de empresas multinacionais incluindo DELL EMC, Valeo, Microsoft, Convergys, Teleperformance, Sutherland, IBM, Sykes e Mentor Graphics optaram por terceirizar seus serviços de TI e centros de P&D no Egito.

O governo priorizou atrair novos investimentos em TI, promovento o custo altamente competitivo do país para operações multilíngues, a abundante mão-de-obra especializada e com experiência em tecnologia, e o ambiente positivo de negócios, junto com o contínuo suporte do governo.