A Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID) procedeu a entrega, no dia 29 de Agosto, em Menongue, dos planos de gestão para os dois parques nacionais recém-criados. Os dois novos parques nacionais Mavinga e Luengue-Luiana estão localizados na província do Kuando Kubango, no sudoeste de Angola e ocupa um espaço de 6.8 milhões de hectares. Os planos de gestão irão ajudar a orientar o desenvolvimento dos parques durante o período critico dos seus primeiros anos. O Governo de Angola estará representado nesta cerimónia pelo Senhor Pedro Camelo, Vice Governador do Kuando Kubango, Senhor Abias Huongo, Director Geral do Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas Protegidas e Senhor Joaquim Manuel,

Diretor da Biodiversidade do Ministério do Ambiente e do engenheiro Afonso Calei,  Director Provincial para Área do Ambiente. A gestão eficaz dos novos parques irá garantir recursos naturais de Angola para o benefício de cerca de 12.000 pessoas que vivem nas cinco principais aldeias dentro dos parques. Essas áreas de conservação servem como importantes habitats para a vida de animais selvagens e espécies de plantas que têm o potencial para atrair turistas. É necessário manter os parques saudáveis e bem administrados para fornecerem água limpa e servir de tampões importantes para os impactos das alterações climáticas previstas, tais como secas e inundações.

O desenvolvimento dos planos de gestão foi financiado através do Programa Regional de Desenvolvimento Ambiental da USAID África Austral. Este projecto de 6 anos apoia as iniciativas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para enfrentar as ameaças à biodiversidade e ao meio ambiente dentro da Bacia do Rio Okavango, que inclui partes de Angola, Botswana e Namíbia, bem como o Delta do Okavango, que é um Património Mundial. O Delta do Okovango, um ecossistema rico em biodiversidade mais extremamente sensível aos impactos climáticos e mudanças no uso da terra, é grandemente dependente das águas que vem do planalto de Angola, já que 90% das chuvas no Okavango provem desta área. A Bacia do Okavango não é apenas fundamental para a conservação da biodiversidade, é também importante para o desenvolvimento económico. Cerca de 14% do PIB da Namíbia e 13% do Botswana é arrecadado através do turismo ecológico.

O projecto Regional Ambiental da África Austral (SAREP) trabalha em colaboração com a Comissão Permanente das Águas da Bacia do Rio Okavango (OKACOM) para criar estratégias e desenvolver actividades centradas na conservação da biodiversidade, na melhoria dos serviços de abastecimento de água e saneamento, bem como reforçando a capacidade de responder aos efeitos das alterações climáticas e na abordagem de VIH/SIDA na região.