Fonte: A Embaixada de Angola em Berlim |

Segundo ciclo das Transferências Monetárias arranca em Novembro

Até ao final do projecto, em Dezembro de 2020, serão assistidas 20 mil crianças menores de cinco anos, num total de sete mil 788 famílias

O programa piloto de transferências sociais monetárias é financiado pela União Europeia, num valor global de nove milhões 272 euros

BERLIN, Alemanha, 16 de outubro 2019/APO Group/ --

O segundo ciclo de pagamentos das Transferências Sociais Monetárias vai abranger, a partir de Novembro deste ano, perto de 11 mil crianças menores de cinco anos das províncias do Bié, Moxico e Uíge.

O programa levado a cabo pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (Masfamu) beneficiou, na primeira fase, dez mil e 576 crianças, de um total de seis mil 151 famílias destas províncias, onde se implementa o programa de Municipalização da Acção Social.

Até ao final do projecto, em Dezembro de 2020, serão assistidas 20 mil crianças menores de cinco anos, num total de sete mil 788 famílias. O valor atribuído é de três mil kwanzas/mês por criança e cada família pode registar até três petizes.

Segundo o ponto focal do projecto, Ana Teresinha, que falava nesta quarta-feira no workshop de balanço da primeira fase com representantes das três províncias, vai ser feita uma avaliação e aprimorar as questões para o arranque do ciclo seguinte.

O programa piloto de transferências sociais monetárias é financiado pela União Europeia, num valor global de nove milhões 272 euros, tem o apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Consórcio de empresas Louis Berger.

O projecto, iniciado na província do Bié a 28 de Agosto, visa garantir uma dieta melhorada aos menores, essencial para o seu quadro nutricional e desenvolvimento cognitivo, bem como aumentar o acesso a serviços essenciais de saúde e educação.

Ana Teresinha ressaltou que tiveram alguns constrangimentos relacionados com as vias de acesso às localidades e a falta de documentos por parte de muitos cidadãos cadastrados para o projecto.

Para o atendimento das famílias sem documentos, Ana Teresinha avançou que o Masfamu criou o “Cartão Azul”, validado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), facilitando a abertura de contas dos visados nos bancos que aderiram ao projecto.

O projecto-piloto abrange 257 aldeias nos municípios da Damba e Uíge (Uíge), Lucusse e Camanongue (Moxico), e Chinguar e Catabola (Bié).

A Municipalização da Acção Social é um novo modelo de intervenção descentralizado da política de protecção social que conta com o apoio do Projecto de Apoio à Protecção Social (APROSOC).

O APROSOC teve início em 2014 e nasce num contexto em que o Estado angolano pretende aumentar o nível de integração das intervenções sociais em Angola.

Distribuído pelo Grupo APO para A Embaixada de Angola em Berlim.