O Programa Mundial para Alimentação das Nações Unidas (PMA) acolheu com boas-vindas a contribuição do Reino Unido de 3.6 milhões de libras para ajudar no combate à malnutrição em Moçambique.

A contribuição da UKaid irá assegurar o apoio, nos próximos seis meses, para aproximadamente 60,000 pessoas nas províncias mais afectadas - Cabo Delgado, Gaza, Nampula, Tete, Sofala e Zambezia. A maioria dos beneficiários do apoio são crianças desnutridas menores de cinco anos de idade, mulheres grávidas e em aleitamento.

“A UKaid está satisfeita por trabalhar em parceria com o PMA para ajudar algumas das populações mais vulneráveis em Moçambique’’, disse Cate Turton, Directora da UKaid no País.

Em Moçambique, 43 por cento de crianças menores de cinco anos estão atrofiadas (baixa altura para a sua idade). As mais afectadas vivem no norte do país, onde enfrentam uma combinação de factores, incluindo insegurança alimentar, acesso limitado à água tratada e saneamento, e pobreza profundamente enraizada em zonas rurais.

O atrofiamento influencia não apenas no desenvolvimento físico, mas também a capacidade cognitiva. Seus efeitos podem se prolongar até a idade adulta, afectando a saúde, produtividade e vida útil.

Moçambique figura entre os países da África Austral severamente afectados pela pior seca em décadas. Províncias do Sul e Centro foram particularmente afectadas de forma bastante ruim. Cerca de 1,4 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar em Moçambique. O número de pessoas afectadas pode aumentar para 2,3 milhões durante o pico da temporada de Janeiro-Março.

“Estamos bastante gratos por esta contribuição do povo Britânico,” disse Karin Manente, Directora Nacional do PMA em Moçambique. “A malnutrição tem consequências de longo alcance para as crianças menores, bem como para as mulheres grávidas e amamentando. Estes fundos permitem-nos dar um apoio vital às pessoas mais vulneráveis.”

O PMA apoia o governo na implementação do Programa Nacional de Reabilitação Nutricional (PRN I & II) para o tratamento de malnutrição moderada e malnutrição aguda severa, prestando ainda assistência técnica aos inquéritos nacionais sobre a nutrição.

Em 2016, o Reino Unido foi um dos principais doadores do PMA no mundo inteiro, tendo contribuído com mais de 24.4 US$ milhões para as operações do PMA na Africa Austral.