Fonte: World Food Programme (WFP) |

Financiamento dos Estados Unidos ajuda PMA no apoio á nutrição em Moçambique

Este financiamento adicional permitirá que 170 centros de saúde nas mais afectadas províncias (Gaza, Inhambane, Manica, Sofala e Tete) forneçam assistência nutricional a vinte e uma mil pessoas ao longo do ano

MAPUTO, Moçambique, 19 de abril 2017/APO/ --

O Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA) acolheu satisfatoriamente uma contribuição adicional de US$ 2.7 milhões dos Estados Unidos para apoiar mulheres grávidas e em aleitamento, e pessoas vivendo com HIV ou Tuberculose (TB) em tratamento anti-retroviral.

A contribuição servirá para adquirir, transportar e distribuir enormes quantidades de variados alimentos fortificados para o tratamento da malnutrição  em grupos mais vulneráveis, cuja situação piorou com o recente evento de prolongada seca em crianças menores de cinco anos bem como em mulheres grávidas e mães amamentando.

Este financiamento adicional permitirá que 170 centros de saúde nas mais afectadas províncias (Gaza, Inhambane, Manica, Sofala e Tete) forneçam assistência nutricional a vinte e uma mil pessoas ao longo do ano. Até ao momento, foram distribuídas 100 mil toneladas métricas de alimentos fortificados, e em breve serão concedidas adicionais 770 toneladas métricas.

“Os Estados Unidos estão comprometidos em apoiar o povo de Moçambique durante estes tempos difíceis,” disse o Embaixador dos EUA em Moçambique, Dean Pittman. “Estamos comprometidos em trabalhar com os grupos mais vulneráveis, tais como pessoas vivendo com HIV, para reduzir o sofrimento e assegurar que as familias lidem com os efeitos negativos da seca.”

A contribuição vem do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para Alívio ao SIDA (PEPFAR), através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Moçambique é um dos 22 países em África apoiados pelo PEFPAR e um dos oito países prioritários da ONUSIDA na região da Africa Austral, onde é necessário acelerar os esforços para erradicar o SIDA até 2030. 

“Uma dieta nutritiva é componente inerente de cuidados e tratamentos no contexto da insegurança alimentar”, disse a Representante e Directora Nacional do PMA, Karin Manente. “O apoio dos Estados Unidos aumentará a absorção, adesão e sucesso do tratamento entre os grupos mais vulneráveis.”

Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) são particularmente vulneráveis á insegurança alimentar e malnutrição. Por outro lado, a medicação antirretroviral que eles tomam torna-se mais eficaz quando combinada com boa nutrição. Quando PVHIV não têm o suficiente para comer, elas são menos propensas a aderir ao seu tratamento – o que pode levar ao aumento da carga viral, de infecções oportunistas, da progressão da doença, e a um elevado risco de transmissão do HIV a outras pessoas.  

Evidências mostram que a insegurança alimentar constitui um dos factores de violência baseada no género, para além de forçar pessoas a envolverem-se em estratégias de sobrevivência prejudiciais, tais como sexo transacional, o que as pode tornar mais vulneráveis a infecção com HIV.

Desde 2004, o programa PEPFAR tem fornecido tratamento antirretroviral, assistência alimentar de emergência e reabilitação nutricional para pessoas malnutridas vivendo com HIV e tuberculose em Moçambique. Através da parceria com o PMA, o PEPFAR já forneceu US$ 14.2 milhões em apoio nutricional a resposta nacional do País ao HIV e SIDA.

Distribuído pelo Grupo APO para World Food Programme (WFP).