Os três óbitos são de cidadãos nacionais residentes em Luanda. Dois estão ligados à pacientes do sexo feminino com 58 e 64 anos, que tinham cormobilidades e estavam internadas na Clínica Girassol em estado crítico.

O terceiro óbito é de um paciente de 52 anos, que esteve internado há 18 dias, em estado crítico, no hospital de campanha na Zona Económica Especial.

Dos 34 infectados, com idades entre os 16 e 93 anos, 14 são do sexo masculino e 20 do sexo feminino, todos residentes em Luanda, nas localidades da Samba, Kilamba Kiaxi, Ingombotas, Belas, Maianga, Rangel e Cazenga.

Com estes dados anunciados este sábado, 8, pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, Angola totaliza 1.572 casos positivos, 70 óbitos, 561 recuperados e 927 activos. Entre os activos, quatro estão críticos e 20 graves sob ventilação, sendo cinco com necessidade de hemodiálise.

A ministra da Saúde falava em conferência de imprensa, onde foram apresentadas pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, as novas medidas de prevenção e combate à COVID-19 a vigorar a partir de segunda-feira até ao dia 8 de Setembro.

Durante o período de vigência das novas medidas, o país vai permanecer em Situação de Calamidade Pública e a província de Luanda sob cerca sanitária, por continuar a ser o epicentro da doença, assim como município do Cazengo, na província Cuanza Norte.

Nesta altura, 13 provincias têm casos positivos da COVID-19, com excepção da Huila, Huambo, Namibe, Cuando Cubango e Lunda Sul.

Sílvia Lutucuta informou ainda que os 283 passageiros provenientes da cidade do Porto, Portugal, cumpriram a quarentena institucional. Destes 268 receberam alta e 15 permanecem em observação por testarem reactivo.

Na sexta-feira, 7, mais 283 passageiros chegaram ao país vindos de Lisboa, Portugal, em mais um voo humanitário da TAAG, e encontram-se a cumprir a quarentena institucional.

Entretanto, a partir de segunda-feira, 10, devem cumprir quarentena domiciliar todos os cidadãos nacionais e estrangeiros residentes provenientes do exterior do país que não testaram positivo no teste pré-embarque. Quem violar a quarentena domiciliar será obrigado à quarentena institucional,ao pagamento de uma multa que varia entre 150.000 e 250.000 kwanzas e responsabilizado criminalmente.

A quarentena institucional também será obrigatória para os estrangeiros não residentes provenientes do exterior do país que não testaram positivo no teste pré-embarque.

As pessoas testadas positivas e assintomáticas passam a cumprir o isolamento domiciliar. Quem violar essa medida, será conduzido compulsivamente para o isolamento institucional, obrigado a pagar uma multa que varia entre 250.000 e 300.000 kwanzas e responsabilizado criminalmente.

As autoridades sanitárias determinaram também o isolamento institucional às pessoas que não possuem condições no seu domicílio para a realização do isolamento em segurança, bem como aquelas com cormobilidade ou que coabitem com cidadãos vulneráveis, excepto se forem menores de 12 anos.

A ministra da Saúde recomendou maior cuidado individual e das famílias, para evitar o contágio da doença, através do cumprimento das medidas de prevenção, como o uso de máscara, distanciamento físico, lavagem das mãos ou desinfecção com álcool em gel com frequência, e a não permanência em locais com aglomerações.