O Hospital Geral do Cunene, baptizado com o nome General Simione Mucune, vai dar tratamento médico diferenciado às populações do sul de Angola e aos países vizinhos, reduzindo significativamente  evacuações para unidades de saúde centrais ou no exterior.

A garantida foi dada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, na cerimónia de inauguração da referida unidade hospitalar, inaugurada  pelo Presidente da República, João Lourenço, esta sexta-feira, 2 de Agosto, no Cunene.

O novo hospital, com capacidade para 200 camas, foi concebida para proporcionar um ambiente acolhedor para os utentes e suas famílias, bem como para os profissionais de saúde. Está equipado com tecnologia de ponta, com serviços e cuidados de média e alta complexidade médico-cirúrgica.

Segundo a ministra da Saúde, a infra-estrutura introduz, pela primeira vez, na província do Cunene serviços de hemodiálise e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), desde neonatos a adultos.

Adicionalmente, o hospital dispõe de blocos operatórios preparados para cirurgias minimamente invasivas, um serviço completo de anatomia patológica, o maior serviço de sangue entre os hospitais do sector público e privado, e uma fábrica de gases que assegura a autonomia do hospital e a disponibilidade de oxigénio para outras unidades.

Há também um serviço ambulatório multidisciplinar que vai permitir a realização de exames complexos pela primeira vez na região.

De acordo com a governante, a unidade é amiga do ambiente e incorpora  um sistema de gestão de resíduos inovador, que permite a esterilização de resíduos hospitalares e biológicos, além do tratamento terciário das águas residuais com reaproveitamento das mesmas, que garante a segurança das pessoas e do meio ambiente.

Foi igualmente construída uma bacia com capacidade para 30 mil litros para a retenção de águas pluviais e residuais.

Por sua vez, a governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, afirmou que este é o maior investimento na área da saúde que a província já viu desde a independência de Angola.

A governadora apelou à população e aos profissionais de saúde para que cuidem da infra-estrutura, preservando a higiene, saneamento e conservação dos equipamentos, de modo a garantir o bom funcionamento e durabilidade da unidade.

Com um quadro de 1.135 profissionais, incluindo 104 médicos, 522 enfermeiros, 347 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 130 técnicos de apoio hospitalar e 32 funcionários administrativos, o Hospital Geral do CUNENE não só oferecerá serviços de saúde de qualidade, mas também servirá como um centro de formação técnica e académica para a especialização de recursos humanos.

O hospital vai, igualmente, acolher 80 médicos internos no Internato Médico Complementar e prevê implementar o Internato de Enfermagem no ano formativo de 2024/2025, além de fomentar o desenvolvimento de investigação científica.